O suicídio é uma situação extrema na qual problemas de saúde mental chegaram ao seu ápice. De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – mais de 700 mil pessoas morrem anualmente tirando a própria vida. Isso faz com que cada vez mais estudos sejam realizados para entender os fatores que contribuem para essa situação.
De acordo com um novo estudo, publicado na revista científica The American Journal of Psychiatry, a genética pode estar relacionada a uma maior probabilidade de cometer o ato. Segundo os resultados da pesquisa – realizada através do cruzamento de mais de 40 mil tentativas de suicídio e 915.025 dados genéticos – existem cerca de 12 variações genéticas relacionadas tanto com o suicídio quanto com déficit de atenção, tabagismo, impulsividade e hiperatividade.
Os dados nos fornecem informações que permitem entender melhor a função da genética na formação da saúde mental e emocional, o que faz com que aumente a predisposição para atos contra a própria vida.
Testes genéticos podem ser usados para uma ampla gama de análises, seja sobre o comportamento, inteligência ou propensão a determinadas atividades, ou também para determinar as chances de desenvolver determinada doença, possibilitando um tratamento preventivo antecipado.
Mas, apesar de ser importante para entender as raízes genéticas da situação e permitir identificar sinais genéticos de alerta para determinadas condições, não se deve considerar genes isolados para gerar diagnósticos. O que existem são propensões genéticas que dependem de um grande número de genes, sem contar com as questões ambientais, que também pode influenciar a expressão gênica desses dados, através da epigenética.
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Dessa forma, são necessárias mais pesquisas sobre o tema, a identificação mais precisa da atuação de cada gene e cada alteração no estilo de vida na probabilidade de desenvolver determinadas condições, para que as análises de testes genéticos sejam cada vez mais precisas e permitam um melhor direcionamento de tratamentos.