Autoconhecimento Sagrado Feminino

Tempo de despertar

Escrito por Joana Netz

Por muito tempo, o culto à Deusa e a valorização dos atributos e qualidades femininas na sociedade foram subjugadas e deixadas de lado. Com isso, as mulheres foram se desligando de seus ciclos naturais, da conexão com a lua, do poder de seu sangue, da espiritualidade ligada à figura feminina, de seu potencial criativo, da sua intuição e da sua sexualidade sagrada.

Em contrapartida, os aspectos masculinos foram hipervalorizados pela sociedade como um todo, por instituições religiosas e por muitas de nós, perdidas no esquecimento do que é ser mulher. Por algum tempo, em decorrência de um estado de desconexão com a nossa essência e com a Divina Energia Feminina, quisemos ter um papel em vários aspectos de nossas vidas, igualitário ao dos homens.

Fomos percebendo, no entanto, que um vazio enorme habitava dentro de nós. Que estávamos caminhando em uma direção totalmente contrária à direção que deveríamos estar seguindo. Que estávamos descompassadas com os nossos ciclos, desconectadas de nossos úteros, dos nossos corpos, dos nossos anseios mais profundos e verdadeiros, da nossa mulher selvagem.

É chegado o tempo de despertar! De ressignificar e de conectar-se com a essência feminina. De honrar cada fase do nosso ciclo, de (re)conhecermos os nossos arquétipos (donzela, mãe, feiticeira e bruxa anciã), respeitando o nosso ritmo pessoal. De compartilhar com o mundo os nossos talentos, dons e beleza. De saber escutar o que nosso útero diz. De olhar para o nosso sangue menstrual com apreço e gratidão, de nos conectarmos com a Terra, com a natureza. É tempo de criar, de dançar e florescer!

Somos cíclicas e cada vez que sangramos temos a oportunidade de morrermos e renascermos. À medida que nos abrimos a essa conexão mais intima com nossa menstruação, percebemos a divina e imensa oportunidade de autoconhecimento que temos a cada dia em nós mesmas, trilhando um caminho de empoderamento e respeito ao nosso Sagrado Feminino.

Fonte: Pinterest

A importância do útero

O útero é a morada de nossa alma. Mesmo a mulher que por alguma razão não possui seu útero físico, continua tendo o seu útero energético. Quando decidimos percorrer o caminho de volta à nossa feminilidade autêntica, devemos aprender a nos comunicarmos com esse Vaso Sagrado, pois nele residem todas as memórias de nossas experiências, nossa história e nosso potencial criativo.

O útero é o centro do nosso poder e amor, é o eixo que nos conecta à terra e ao céu. Conforme expandimos a comunicação com ele, vamos ampliando nossa capacidade de autoexpressão e comunicação com o mundo, encontrando o nosso lugar único e precioso na teia da vida, compartilhando o nosso brilho pessoal com confiança, harmonia e presença.

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“O útero não é um lugar para guardar medo e dor. O útero é um lugar para criar e dar luz à vida”

Sobre o autor

Joana Netz

É terapeuta ayurvedica e bioenergética, Moon Mother, doula na tradição, instrutora de yoga para gestantes, percussionista e dançarina.

Há mais de uma década vem desenvolvendo trabalho com mulheres em diferentes áreas terapêuticas, firmando cada vez mais o foco de seus estudos, mergulhos pessoais e profissionais no resgate dos saberes ancestrais femininos, no trabalho do despertar e ancorar a energia da Deusa na Terra e no empoderamento de mulheres, visando a cura das feridas da alma, em um caminho de resgate de seus poderes interiores e da conexão com suas mulheres livres e selvagens.

Paulistana, vive atualmente em Santa Catarina, onde é guardiã do Espaço Purna, um espaço terapêutico localizado em Garopaba, no litoral sul do Estado.

Segue levando seu trabalho a diversos lugares do Brasil, compartilhando seus saberes, histórias e aprendizados, a importância da reconexão com a Mãe Terra, com os saberes ancestrais e com os ciclos da natureza.

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