Terapia. Para alguns ela é considerada necessidade básica, para outros está ligada a tratamentos caros indicados apenas a quem possui dinheiro. Ou ainda pior, é alternativa dos que não conseguiram segurar a onda, enlouqueceram e se entregaram a um médico que trata de problemas mentais.
A palavra terapia pode soar um tanto estranha aos ouvidos de muita gente, já que ainda hoje existem certos conceitos (e preconceitos) errados com relação a esse tratamento, porém, ele nunca sai de moda (no bom sentido) e tem feito parte da vida de milhões de pessoas mundo afora.
Vida agitada, rotina estressante, falta de tempo, consumismo desenfreado, jornada tripla são alguns dos fatores que podem ser considerados pontos mais que relevantes para a tal chamada “modernidade líquida”, mensurada nos livros e estudos do sociólogo polonês, Zygmunt Bauman. Nada é feito pra durar nesses tempos. Não existem laços, dizia Bauman. Em uma sociedade cada vez mais “corriqueira”, o que se acumula são dores, desgastes físicos e psicológicos, tristeza, depressão, lares destruídos e um emocional muito mais que abalado, ferido.
Nessas horas, optar por terapia não deixa de ser uma boa opção para quem procura sair de situações complicadas. Buscar por um atendimento qualificado em que haja a utilização de ferramentas que visam o autoconhecimento, a harmonia e o equilíbrio é um passo inicial de autoaceitação. Ou seja, reconhecer que existe um problema já é meio caminho andado em todo o processo.
Engana-se quem associa a saúde apenas ao estado físico, deixando de lado o bem estar social, cultural, espiritual, psíquico e emocional.
Assim como qualquer outro profissional da área da saúde, um psicólogo ou terapeuta tem como função mapear quais são as causas que estão levando o paciente a ter um rendimento ou comportamento que o leve a insatisfação.
Ter um filtro do que possa ser considerado agravante para se recorrer a esse tipo de tratamento é algo relativo, sendo que cada ser humano reage de maneiras diversas a casos parecidos. No entanto, ser feliz, se conhecer, se aceitar, melhorar pontos da personalidade que trazem desconfortos e desajustes, aumentar a capacidade de socialização ou simplesmente desabafar são alguns objetivos buscados na terapia. Em alguns desses quesitos somos todos iguais, sem distinção de classe social ou religião. Se ainda existe dúvida ou associação da terapia à falta de controle e impotência em lidar com problemas, lembre-se disso.
Existem diferentes tipos de abordagens terapêuticas que são estabelecidas de acordo com cada diagnóstico. O tempo das sessões é estipulado diante a necessidade do paciente. Os valores das consultas são acertados dependendo da experiência do profissional e do tipo de tratamento que será aplicado. Vale lembrar que muitas universidades e faculdades com curso de psicologia oferecem o atendimento gratuito em diversas regiões. Se a grana estiver curta, pesquise o local mais próximo e agende um horário.
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O corpo é uma extensão da mente e vice e versa. Manter ambos sãos em meio a um bombardeio de informações e tragédias é desafio constante do dia a dia. Quando se trata da sua felicidade, não crie obstáculos e nem se deixe levar por preconceitos bobos e retrógrados. Encare com seriedade e carinho a sua saúde como um todo.
Texto escrito por Juliana Alves de Souza da Equipe Eu Sem Fronteiras.