Segundo a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, passamos por 5 fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Todas as fases são totalmente necessárias para abrigarmos o novo (fato) em nossa própria consciência. A nossa mente vai processando tudo psiquicamente aos poucos, para não sofrermos de uma vez só.
Diante desse fim, o comum é o “rejeitado” se sentir vitimizado pelo parceiro que partiu. Entretanto, quem foi embora viveu todo o luto dentro de casa e ao lado do ser que infelizmente não ama mais. Há sintomas bem aparentes, só que o outro parece não enxergar ou mesmo tem até medo de tocar no assunto.
A primeira fase é a NEGAÇÃO.
Nesta fase a mente se defende da realidade dura. O indivíduo parece não conseguir lidar com a dor e nem falar sobre ela. Alguns podem até fugir junto com vícios necessários que servem como drogas para alívios fulminantes de suas angústias (des)conhecidas. E assim se injetam de comidas, cigarros, bebidas, altas horas na internet e na televisão, atos libidinosos de forma promíscua e sem envolvimento profundo, de muitas tarefas laborais ou mesmo de altas doses narcóticas de fantasias descabidas.
A segunda fase é a RAIVA.
Como a pessoa não se conforma com o que está acontecendo, começa a sentir um tipo insuportável de rebeldia interior. É neste momento que aqui pode haver muitas brigas e confusões, pois a falta de compreensão sobre os fatos ainda não foram digeridas.
A terceira fase é a BARGANHA.
Aqui a pessoa começa a racionalizar seus comportamentos descontrolados e tenta de alguma forma buscar soluções para reaver a relação. Neste instante, aquele que ainda está em casa e sabendo que não ama mais, tenta a todo custo sufocar as vontades de sua própria alma para não deixar o parceiro sofrer. Agrada ao outro, mas não a si mesmo. Já aquele que se sentiu deixado, pode se desesperar e fazer loucuras para ter o amor (que já morreu) de volta.
A quarta fase é a DEPRESSÃO.
Fase superdolorosa, pois aqui a pessoa já está tendo consciência de que não tem mais nada a fazer a não ser sentir toda a dor do fim.
A quinta fase é a ACEITAÇÃO.
Como já dizia Shakespeare “Há quedas que provocam ascensões maiores.” Nessa fase a dor é substituída pela saudade consciente. Saudade de algo que foi muito bom e de grandes aprendizados. Aqui ambos guardam o pedaço do outro que ficou.
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Portanto, qualquer tipo de luto mexe com o nosso psiquismo. E devemos ter paciência com o processo, pois a nossa mente vai nos protegendo até aceitarmos o fim por completo.
E algo muito importante a ser considerado é que não há vítimas e nem culpados quando não há mais reciprocidade no amor. Como já dizia Frida Kahlo:
“Onde não puderes amar, não te demores.”