Antigamente, aproximadamente 2 mil anos antes da existência do Japão, a China era responsável por desenvolver a maioria dos símbolos e das marcas da civilização mais avançada, por isso se tornou praticamente o país mais influente, que cada vez mais gerava reflexos na cultura asiática – a escrita e a arquitetura de diversas cidades eram as áreas que carregavam as maiores influências do país, resultantes das suas filosofias, estrutura política, religião, entre outros.
O Japão teve o seu desenvolvimento iniciado a partir do poder que a China exercia diante destes fatores, e a sua perspectiva começou a ser gerada com base no olhar chinês: ao olhar para o leste, na direção de onde o Japão estava localizado, os chineses percebiam que estavam olhando para o amanhecer, para o nascer do sol. Sendo assim, o país foi chamado de Terra do Sol Nascente – porém existem outras histórias que também explicam a origem desse título.
Versão japonesa
“Wa” (Wo) foi um nome que o Japão recebeu – e que também representava o povo – em 57 d.C, logo que a capital chinesa recepcionou o primeiro embaixador japonês. De acordo com alguns relatos, os principais alimentos dos primeiros japoneses eram arroz, alguns vegetais crus e peixe.
Um clã denominado “Yamato” começou a apoderar-se dos seus vizinhos no primeiro século depois de Cristo e, após mais cinco séculos, virou um exemplo de liderança para os japoneses. A partir disso, um único governo central teve início e o Japão cada vez mais seguiu a influência que a cultura chinesa exercia, incluindo as políticas de governo e a sua ordem administrativa.
Aproximadamente em 600 d.C foram introduzidas diversas influências chinesas no Japão, obra de um príncipe chamado Shotoku, que, inclusive, era um grande admirador dos preceitos chineses. Alguns métodos de etiqueta de Confúcio foram adotados para a cultura japonesa.
Além de mudanças culturais, Shotoku deu início ao calendário chinês, iniciou a construção de diversos templos budistas e também proporcionou o estudo do budismo e do confucionismo para o povo japonês, enviando-os até a China.
Além desses fatores, o príncipe denominou o Japão de “Nippon”, que significa “Origem do Sol”, e possui grande crédito no país por tal feito. Há relatos de que Shotoku, por volta do ano 607 d.C, escreveu uma carta para o imperador chinês, em que se autointitulava filho do céu que vivia na terra onde o sol nasce.
Muitos dizem que o povo japonês ficou extremamente ofendido pelo fato de que Shotoku se autointitulou “Filho do Céu”, comparando-se ao imperador chinês, que também era chamado assim. Mas parte da sua carta que dizia “na terra onde o sol nasce” ficou grandemente marcada e tornou-se uma importante identificação do Japão.
Em 645 d.C, os nome “Nippon” (Origem do Sol) e “Dai Nippon” (Grande Japão) foram firmados em documentos políticos, após um golpe que resultou em uma reforma chamada “Taika”. O intuito da mudança foi acabar com a privatização de terras e colocá-las sob o controle do governo.
Natureza e espiritualidade
Além de estar localizado onde o sol nasce primeiro, o país possui grande reconhecimento por sua intelectualidade e espiritualidade. Os japoneses são considerados seres evoluídos que vivem cuidando do mundo. Por mais que não sejam rotulados por alguma religião específica, pelo fato de que religiões são pessoais, não uma imposição do estado, grande parte do povo japonês segue alguma crença e possui, dessa forma, grande proximidade com a natureza.
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“A Terra do Sol Nascente” é a terra onde a luz inicia. Espiritualmente falando, também explica o fato de os japoneses serem os “primeiros” em diversos aspectos da evolução humana.