Queremos todos eliminar o estresse de nossas vidas ou, ao menos, reduzi-lo. Mas, para isso, num exercício muito lógico do raciocínio, precisamos saber que ele existe. Identificá-lo para, só então, retirá-lo.
Precisamos sair do piloto automático e nos colocar no manual para darmos mais atenção às nossas próprias atitudes e pensamentos. Tomar consciência de que algo não está bem, de que existe um problema: só assim conseguiremos resolvê-lo.
De tempos em tempos, precisamos dar uma revisada em nós mesmos. Avaliar se as vírgulas estão nos lugares corretos e se o texto continua atualizado e fazendo sentido. Não podemos ignorar o fato de que a vida é dinâmica – e nós também. Nossos corpos, nossas mentes, a natureza e tudo o que nos rodeia estão sempre em movimento. Se tudo muda, será que realmente não estamos precisando nos transformar?
Às vezes pensamos de determinada forma a vida inteira e acreditamos que essa seja a maneira mais correta. Nem sequer admitimos pensar diferente, porque poderá abalar nossa segurança, nossos princípios.
E se, ao observarmos nossas histórias, déssemo-nos conta de que existem outros valores que estão sendo colocados de lado? E se déssemo-nos conta de que o que realmente importa está sendo deixado para trás? Já é tempo de permitirmo-nos fazer coisas diferentes do que a sociedade automatizada nos cobra. Já é tempo de aceitarmos que somos humanos e podemos errar.
Devemos tomar consciência do ser que somos, que temos uma existência, de que nossa vida está passando dia após dia, que ela é isso aqui mesmo, no agora. Ela não vai acontecer no futuro. Não podemos deixar para vivê-la depois, só quando o final de semana chegar, ser feliz só quando a pandemia acabar.
Tem pessoas que são felizes e não sabem. Também vivem no piloto automático. E, pior, teriam tudo para serem felizes, e não o são.
Precisamos tomar consciência do ser que somos. Avaliar se estamos envolvidos diariamente com preocupações, com os nervos à flor da pele, cansados, exaustos, irritados, esgotados; sem a mínima força para esboçar um sorriso no rosto, porque “tudo é amargura”, “porque tenho o pior problema do mundo” e “ninguém me entende”.
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Quantas vezes exageramos uma situação? Vamos parar um pouco e avaliar melhor. Discernir um pouco mais, no meio desse turbilhão de informações, de cobranças por todos os lados, de pressões autoimpostas e impostas pela sociedade. É necessário conscientizarmo-nos dos nossos valores, da nossa verdade, do que acreditamos, do que somos, da nossa essência, para, então, sabermos nos desvencilhar com elegância de situações difíceis e harmonizar nossas relações.
Pode ser nossa relação conosco e com as outras pessoas. Nossa relação com o Ser que nos criou e que continua nos guiando, em algum lugar do tempo e espaço de que não temos conhecimento ou domínio. Ele está num campo muito sutil, no invisível, e, envolvidos no estresse do dia a dia e tão ligados ao mundo físico, acabamos por cair em completo esquecimento ou completa negação de Sua existência.
Podemos mudar hoje para que a vida faça mais sentido. Temos o dever conosco próprios de reconduzir nossas vidas de maneira que nos sintamos realizados e possamos cumprir nossos propósitos sem sermos escravizados pelo estresse.