Aprendendo a conviver com o medo
Já passei da metade do #DesafioCross21 e tenho me sentido cada dia melhor em muitos aspectos, mas confesso que esses últimos dias foram marcados por um sentimento nada agradável, o MEDO. E só me dei conta de como ele impacta minha vida, acreditem ou não, fazendo um exercício na academia, o pulo na caixa! Desse dia em diante tenho feito muitas reflexões, chegando à conclusão de que preciso, sim, enfrentar e conviver com meus medos.
Segundo especialistas, o medo existe como uma “ferramenta” que nos protege e afasta de perigos, garantindo assim, a preservação da vida. Mas sabemos que na prática a coisa é um pouco mais ampla. O start desse processo, como comentei, aconteceu na Cross Life SBC. O exercício era saltar sobre a caixa, coisa que já tinha feito inúmeras vezes em um passado não tão distante. Estava eu ali, de frente para aquele caixote, e o que deveria ser algo mecânico e simples, passou a ser a ser uma tarefa impossível e torturante. Eu simplesmente não conseguia, um lado meu queria saltar, mas meu corpo não obedecia, travei! Fui para o caixote menor e ok, tudo certo, salto concluído! Voltei para o maior, o coração acelerou, a boca secou, adrenalina pura rsrsr. Depois de muito ensaiar, eu consegui! E depois da primeira, saltei mais algumas vezes e fui relaxando, até que um dos saltos não saiu bem e eu quase cai. O que aconteceu? O medo voltou e desde aquele dia não saltei mais na caixa grande.
Junto a esse, tive que me deparar com outros medos esses dias, de estar longe da minha família (eles mudaram para outro país), de perder momentos importantes da evolução dos meus sobrinhos, de não estar perto caso minha mãe precise de mim, de dormir sozinha (quem me conhece sabe que sou medrosa nesse sentido, sempre detestei, me julguem rsrs), de precisar de algo e não ter a quem recorrer (eu sei que tenho, mas bate uma angústia). Enfim, meu emocional estava todo cagado e ainda está um pouco, confesso.
Mas o que eu quero dizer com tudo isso é que pensando, analisando e sentindo, compreendi que não devo negar e nem brigar com meus medos. Eles fazem parte do processo e existem por algum motivo específico. Tenho que reverenciá-los, entendê-los e buscar caminhos para uma convivência saudável com cada um deles. Afinal, é a partir do momento que conquisto algo que julgava impossível que construo a melhor versão de mim mesma.
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O medo de dormir sozinha, solucionei colocando cerca elétrica em casa. Trouxe a tranquilidade que eu precisava e estou comemorando noites bem dormidas há alguns dias. De perder momentos dos meus pequenos vamos solucionar graças à tecnologia, fotos, chamadas de vídeos e com a certeza de que eles sabem do amor que sinto. Estou no mantra “vai ficar tudo bem”! Se a minha precisar, o meu irmão está com ela. Se eu precisar, tenho tios, primos e amigos, a gente respira fundo e segue confiante!
Quanto à caixa… Foco nos treinos, vai acontecer naturalmente! E se cair, como diz minha mãe, do chão não passa!
Então é isso, não devemos desejar que nossos medos desapareçam, e sim gastar nossa energia buscando mecanismos para a boa convivência. Eles estarão sempre ali para nos lembrar que precisamos evoluir!
Não negue, honre e siga!
Acompanhe todo o processo: