Conheci a Transmutation Therapy pela curiosidade que me move e num momento de recomeço após uma cirurgia e iodoterapia que me colocaram em contato com um corpo limitado que, até então, eu desconhecia.
“Seu corpo precisa esquecer o trauma que passou com essa cirurgia, ele precisa ressignificá-la e apagar a dor”, foram essas palavras que despertaram minha curiosidade. Como assim, tem uma terapia que faz isso? É possível apagar um trauma do corpo de outra maneira que não pela fala? Afinal, a fala até então havia sido um dos pilares da minha clínica enquanto psicóloga e psicanalista.
Por curiosidade, marquei uma consulta e lá fui experimentar a Transmutation Therapy. Fiquei apaixonada… Três anos depois, estou aqui proporcionando aos pacientes que me procuram essa terapia. Como o próprio nome diz, a Transmutation Therapy propõe uma mudança de um estado a outro.
É um convite à quietude e ao reencontro com a “saúde perfeita” que trazemos em nós. A saúde que vamos gradualmente comprometendo e esquecendo no decorrer da vida, diante de tantos afazeres, poucos cuidados, muitas mágoas, estresse, enfim, registros traumáticos que se acumulam em nosso corpo e nos adoecem.
É uma terapia integrativa que considera que “o paciente é indivisível: não devemos dividir a vida em corpo/psique/vísceras, etc”. Enquanto terapeuta, “aprendemos a sentir o Todo, uma pessoa não pode ser quebrada”, nos ensina o Dr. James Jealous. Por meio de toques suaves e não invasivos liberamos padrões de inércia e restrição que podem dar origem a sintomas disfuncionais como dores, tensões, fobias, estresse, insônia, depressão, entre outros. Não há contra indicação e qualquer pessoa pode experimentar e se beneficiar deste tratamento.
A intenção do recurso terapêutico é facilitar a expressão da saúde e melhorar a capacidade de cura e equilíbrio do próprio corpo, promovendo um profundo relaxamento, vitalidade e sensação de bem-estar. Durante as sessões, é a saúde do corpo como um todo que importa, não há foco na doença ou na dor, mas uma aposta de que a saúde está ali e vai atuar onde for preciso.
Receber a Transmutation Therapy e agora aplicá-la em meus pacientes tem sido transformador em minha clínica e vida. Para além da fala, encontro corpo, espiritualidade, beleza, quietude, saúde e muitas outras coisas em cada um que atendo. Aprendi a ter “mãos que pensam, sentem, veem e conhecem”.
Origens
A Transmutation Therapy tem raízes na Osteopatia, que por sua vez foi criada pelo médico norte-americano Andrew Taylor Still (1828-1917), após perder seus filhos em uma epidemia de meningite. Questionando o porquê dos filhos terem adoecido e morrido e ele não, Still passou a investigar outros fatores além dos então considerados pela medicina tradicional e a atuar de forma alternativa e mais natural ao cuidar da saúde de seus pacientes. Após sua morte, Dr. William Garner Sutherland (1873-1954) deu prosseguimento às práticas e pesquisas do Dr. Still, fundando a “Osteopatia no Campo Cranial”. Ambos perceberam “o princípio universal de que o mundo natural está constantemente mudando, e o que é fixo (ou sem movimento) torna-se fora do equilíbrio com seu ambiente”.
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Atualmente, com base nas pesquisas de Still e Sutherland, o Dr. James Jealous criou a “Osteopatia Biodinâmica”, em que técnicas de manipulação de ossos e uso de alavancas não são mais usadas. Sua teoria parte do “sopro da vida e da saúde perfeita” presente no embrião humano e que nos dá habilidades permanentes de autocura. A Transmutation Therapy tem suas raízes nestes paradigmas e se propagou no Brasil por meio dos cursos ministrados por Aziza Lurica Noguchi.
Aziza é diretora e fundadora do Instituto da Quietude Dinâmica (IQD) e, após anos de estudos pelo mundo e com o Dr. Jealous, obteve seu exclusivo aval para transmitir sua teoria e práticas no Brasil.