Dia 23 de setembro foi o Dia Mundial do Estresse, um dos piores males para a saúde mental, já que o estresse leva a disfunções cerebrais que podem acarretar em diversos problemas. Desde transtornos, síndromes, depressão e até mesmo atitudes impensáveis, que trazem danos para si ou para outras pessoas. O estresse também pode resultar em sintomas como insônia, prisão de ventre, transtornos alimentares, problemas cardíacos, doenças de pele, envelhecimento precoce, ou seja, doenças e sintomas que levam a mais doenças.
O estresse também pode levar à morte por doenças comuns, como uma simples gripe, já que ele resulta na baixa imunidade.
Vou relatar de forma resumida o problema do estresse desde a raiz e colocar algumas possíveis soluções para nos livrarmos desse “mal” (entre aspas), pois é um instinto natural humano que está sendo motivado de maneira errada, já que estamos vivendo numa era em que utilizamos nossos instintos para questões banais em relação à sobrevivência. O estresse não é um sentimento nem uma emoção e sim uma reação rápida para fugirmos do perigo ou do acúmulo de pendências que decidimos que devem ser resolvidas, quando no passado ele era apenas um mecanismo de fuga rápida para o perigo.
Estamos confundindo nossos neurotransmissores, nossos mensageiros químicos que estão programados para um estilo de vida mais primitivo quando vivemos um momento em que nos tornamos viciados em liberar dopamina, hormônio da recompensa, criando diversas metas e pendências para serem resolvidas todo o tempo.
Em uma das minhas teses científicas sobre o motivo por que andamos mais fatigados, me aprofundei no estudo do estresse, já que ele é responsável, também, pela fadiga cotidiana.
No estresse, as glândulas suprarrenais produzem adrenalina, noradrenalina e cortisol, este último o hormônio responsável por auxiliar o organismo a reduzir as inflamações e contribuir para o bom funcionamento do sistema imunológico. Quando o estresse ataca, o cérebro manda liberar a produção de cortisol o tempo todo, como sob estresse crônico por exemplo, a imunidade está constantemente suprimida.
Os níveis elevados de cortisol na corrente sanguínea geram um aumento na frequência cardíaca e no nível de açúcar no sangue, já que é preciso de mais energia para o seu trabalho, por isso casos de diabetes, obesidade, hipertensão, infarto, alteração do sono, queda de cabelo, dores musculares, entre outros nas pessoas estressadas. Esse esforço leva à fadiga, já que os recursos de energia tornam-se mais difíceis do que o normal. Estresse frequente pode deixar o corpo desprovido de energia, levando-o a uma fadiga crônica.
O estresse pode trazer inúmeros males e este texto é apenas um resumo com pontos principais, um deles são os ataques de fúria que estão relacionados à perda da razão, já que o estresse pode desencadear falha no transporte de mensagem de memória para a região racional do cérebro devido às disfunções neuronais que ocorrem no indivíduo que já apresenta essas disfunções nos neurotransmissores.
É necessário relaxar, fazer atividades físicas para liberar endorfina, serotonina e dopamina, neurotransmissores do prazer, humor e recompensa. Há alguns alimentos que controlam o açúcar e também ajudam na memória, na pressão arterial e possuem gorduras essenciais para moderar os hormônios do estresse, como ovo, abacate, brócolis, espinafre, peixe, aveia, frutos secos, chocolate amargo, leite e derivados. Iogurte com lactobacilos ajuda na harmonia da microbiota intestinal, que tem interferência no estresse. Também é recomendada meditação, convívio com pessoas, técnicas de respiração e terapias.
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A resposta ao estresse faz com que o organismo passe a desencadear mudanças fisiológicas, psicológicas e emocionais para aumentar a capacidade do organismo para lidar com o perigo. Nosso organismo funciona devido a mensageiros químicos que controlam o nosso humor e quando forçamos uma disfunção desencadeamos diversos problemas para a nossa saúde mental. A maioria das doenças relacionadas à mente está ligada ao nosso comportamento, portanto são os hábitos que farão a diferença para uma melhor saúde mental.