Convivendo

Um encontro com a essência: o Arquétipo da Mulher Selvagem

Mulher negra com capaz de casaco.
Tony Luginsland / Unsplash
Escrito por Tatiana Borsoi

Hoje tanto se fala sobre resgatar a própria essência, e são várias as terapias, livros, práticas que nos convocam a esse reencontro com a nossa singularidade.

Mas como encontrar o caminho para ser a própria essência, em um mundo que nos quer domesticadas? Como ser inteira em um mundo que nos quer pela metade? Fragmentadas em papéis estanques:

Ana é a boa mãe; Júlia é a estudiosa da família; Carla é a bem-sucedida; Paula, a namoradeira; Cláudia, a comportada … Ei!! Para!!

Quem você seria sem se enquadrar nos rótulos que a sociedade já te deu? Quem você seria se não tivesse que caber em papéis, sem precisar julgar se é bom ou mau, certo ou errado para a sociedade… Quem seria você???

Quem é a Mulher Selvagem e livre que está aí dentro?

No livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, Clarissa Pinkola Estés traz diferentes contos sobre o arquétipo da Mulher Selvagem, e nos convoca a um caminhar de reconexão com ela.

Também chamada “La loba” ou “La que sabe”, a sua Mulher Selvagem é aquela parte de você intuitiva, que sabe o que é verdade para si. Conhece sua essência. Conhece aquilo que o pai da Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung, chamou de “si mesmo”.

La loba que habita em mim, em você e em todas as mulheres é aquela parte nossa que foi calada pela sociedade e até por nós mesmas, mas que se recusa a se oprimir. Ela guarda toda a nossa sabedoria ancestral. Ela conhece toda a nossa essência… ela é a nossa essência esperando para se libertar.

Mas como dar vida a nossa Mulher Selvagem em um mundo que nos quer domesticadas?

Mulher com a mão no cabelo e olhar fixado na câmera.
Jackson Hayes / Unsplash

Para um melhor entendimento sobre a importância do resgate de “La que sabe” na vida das mulheres, precisamos elucidar o que são arquétipos, segundo a teoria junguiana.

Arquétipos são conjuntos de imagens primordiais que habitam o inconsciente coletivo universal, resultantes de experiências transgeracionais.

É um conhecimento ancestral que temos guardado dentro de nós e que podemos desenvolver de forma integrada e positiva ou não.

Cada arquétipo tem um conjunto de características psicocomportamentais que se expressam em nosso comportamento, mesmo que não tenhamos consciência.

A Mulher Selvagem é esta força arquetípica que reside na base do feminino e que recusa ser domesticada. É aquela parte sua que sabe que as coisas deveriam ser diferentes, que quer se livrar das amarras – sejam quais forem as amarras que a oprimem –, mas se vê muitas vezes sem saída, precisando se adequar a um mundo que deveria ser diferente.

Durante anos, a sociedade patriarcal demonizou a Mulher Selvagem! Caçou, queimou e tentou aniquilá-la de vez. Um grande exemplo disso foi a Inquisição, com a caça às bruxas, que assassinou milhares de mulheres por séculos. Mulheres intuitivas, mulheres que curavam, mulheres que se conectavam com a natureza e a espiritualidade… Mulheres como eu e você!

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Para sorte nossa, esses esforços não foram suficientes para matar “La que sabe” dentro de nós! Ela mora dentro de cada mulher, e basta tomarmos consciência dela para iniciar um caminho de autodescoberta para o seu despertar.

A Mulher Selvagem é intuitiva, alegre, criativa, leal, livre. Tem de forma inata poderes de cura e autocura, de morte e renascimento, pois é cíclica e consciente disso.

Ela sabe o que quer, para que veio, por que está onde está! Tem segurança em transmitir sua mensagem ao mundo, seus pensamentos e ideias e não permite ser oprimida.

Entender a Mulher Selvagem que habita em cada uma de nós é se apropriar da nossa psique instintiva, é acessar a sabedoria ancestral de todas as mulheres que viveram antes de nós. Desde o início do mundo!

Sem isso, passamos pela vida frágeis, sem direção, hesitantes e desgastadas.

Mas, quando entramos no espaço de busca pela nossa Mulher Selvagem, passamos a ocupar o nosso corpo de uma outra forma. Com confiança, integridade e reconectadas com o que nos é essencial. Nos alinhamos ao nosso ciclo e estamos prontas para amar – a nós mesmas e a todos!

Mulher branca balançando os cabelos.
Allef Vinicius / Unsplash

Se você sentiu o chamado para se reconectar com a sua Mulher Selvagem, fica o convite para se juntar a nossa alcateia na roda de leitura Mulheres que Correm com os Lobos, uma vivência terapêutica para reconexão com “La que sabe”!.

Para maiores informações basta me contactar através de algum dos meus canais de comunicação. Até lá!

Sobre o autor

Tatiana Borsoi

Ativista do bem-estar e do autoconhecimento como estilo de vida!

Psicoterapeuta com formação em Psicologia e Psicanálise. Coaching sistêmico com várias especializações no mundo holístico: Thetahealing, terapia multidimensional, Tameana, numerologia, constelação familiar, registros akashicos e radiestesia.

Sócia da Espaço Dunas, empresa de decoração de interiores no estilo zen, com foco em artigos importados do Oriente.

Adepta do zenpreendedorismo, apaixonada por desenvolvimento humano, crescimento pessoal, espiritualidade e por tudo o que nos conecte com a nossa verdadeira essência.

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