Conversamos com a escritora e jornalista Ju Farias, que está lançando seu primeiro livro: “Com licença, posso entrar?”. Na entrevista, vocês vão conhecer um pouco mais da vida da escritora e suas inspirações.
Eu sem Fronteiras: Você pode escrever um pouco de você? Onde mora, o que faz, o que gosta de fazer…
Ju Farias: Sou do Rio Grande do Sul, onde o sol nasce sorrindo! [risos] Me formei em jornalismo e desde cedo me interessei pela assessoria de imprensa, ramo em que trabalho até hoje. Trabalho bastante e tenho aprendido a dividir meu tempo com mais qualidade, focando naquilo que me é mais importante. Jantinha com os amigos queridos, família, cinema e, claro, minhas alegrias solitárias, que vão desde ler embaixo de uma árvore no parque até cozinhar um banquete e montar a mesa só pra mim.
Eu sem Fronteiras: Quando começou a se interessar pela escrita e literatura?
Ju Farias: Não lembro, era muito pequena. Minha comunicação sempre foi mais escrita do que falada, sou tímida! Quando tinha dez anos, acho que mais ou menos isso, comecei a escrever a biografia da Xuxa, acredita? Mas a coisa foi ficando mais séria quando fui convidada para escrever para um portal chamado Domínio Cultural, que fechou anos depois por falta de incentivo, infelizmente. Aí pensei em parar de vez, mas, quando recebi a notícia de que estava entre os ganhadores do I Prêmio Literário Canon de Poesia, que foi um concurso muito importante para novos poetas, aí não teve jeito de parar.
Eu sem Fronteiras: Você já escreveu para sites renomados como a A Soma de Todos os Afetos, O Segredo e Demasiado Humano. Como é essa experiência?
Ju Farias: Ah, esses portais fazem toda a diferença na minha vida. Além de dar espaço aos mais variados autores, eles nos conectam com um público sedento por sentimentos bacanas, por relações sinceras e por novas formas de ver a vida. É uma troca incrível! As mensagens que recebo das pessoas que me leem por esses sites dariam um livro à parte, um lindo livro de amor.
Eu sem Fronteiras: A ideia de lançar o livro surgiu há muito tempo? Como foi a escolha das crônicas?
Ju Farias: A ideia do livro sempre existiu, mas acho que não estava preparada emocionalmente para assumir essa responsabilidade. Hoje, sei o papel que tenho na vida das pessoas que me seguem e dou muito valor a isso. Tudo acontece na hora certa, né? Escolhi as crônicas que mais fizeram sucesso para reunir na obra. São temas variados, mas todos falam sobre afeto e esperança, que é o que mais precisamos nesse momento.
Eu sem Fronteiras: Para leitores que ainda não conhecem seus escritos, mesmo que seus textos já tenham ultrapassado muitos acessos na internet, o que o leitor vai encontrar nas mais de 80 páginas do “Com licença, posso entrar?”
Ju Farias: Eram 80 páginas, agora são 126! Diminuímos o tamanho do livro para que as pessoas pudessem carregar com mais facilidade, sabe? Ele ficou mais gordinho agora. Mas, olha, quero que o leitor encontre aquilo que lhe for mais confortável, sem cobrança, sem obrigação. É um encontro com um papo sem rodeios sobre assuntos que todos nós precisamos conversar, colocar para fora, compartilhar. Tem muito amor nesse projeto e o meu maior desejo é que as pessoas sintam isso ao ler, ao se emocionar, ao discordar, ao se apaixonar…
Eu sem Fronteiras: Muitos leitores lhe escrevem falando a respeito dos seus textos? Ou ainda querendo opiniões e dividindo histórias com você?
Ju Farias: Quando me perguntam se dá para ficar rica escrevendo, sempre respondo: rica de muito amor! São muitas mensagens carinhosas de todo o canto do país, gente que manda presente, que quer saber mais sobre mim, que desabafa, que conta seus dilemas. As pessoas que gostam dos meus textos acabam virando amigos queridos, que caminham, que vibram e que choram comigo.
Eu sem Fronteiras: As suas crônicas são sobre o amor e as chances que temos de dar a ele. Em tempos tão modernos e líquidos, como você enxerga os relacionamentos hoje?
Ju Farias: As pessoas estão sem tempo para o amor, é isso que me parece. Não todas, claro, mas grande parte delas. Muito trabalho, muita coisa para resolver e o parceiro acaba ficando meio de lado. Minha visão sobre amor se resume em duas palavras: resiliência e disposição. Ou seja, aceitar que cada um tem sua forma de pensar e agir é um desafio, exige paciência. É fundamental aprendermos a não cobrar do outro aquilo que ele não pode dar. E é preciso disposição para estar inteiro com alguém, de corpo, alma e coração. Estar disposto a amar, a se entregar e a receber o outro com tudo o que isso implica também é um desafio. Precisamos amar mais, amar a gente mesmo e ao outro com mais vontade. E, mais do que isso, é preciso cuidar das pessoas que amamos, cuidar como se fossem flores crescendo no nosso jardim. Afinal, não é isso que elas são?
Eu sem Fronteiras: Para quem quer adquirir o livro, como faz? Os lançamentos já têm datas?
Ju Farias: O livro estará disponível durante o mês de fevereiro e pode ser adquirido pelos portais da editora Autografia e Livraria Cultura. Pode comprar que chega em casa direitinho [risos]. Essa primeira edição será vendida somente pela internet.
O lançamento já tem data em Porto Alegre, será no Dia da Mulher, 8 de março. Ainda não temos agenda para as próximas cidades, mas a ideia é ir aonde o público está.
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Eu sem Fronteiras: Pode deixar uma mensagem também?
Ju Farias: Desejo um 2017 de muito amor para todo mundo! Amor, amor, amor, essa palavrinha transformadora e tão importante para seguirmos em frente. Espero que as pessoas gostem do livro, que se identifiquem e que me deixem entrar para ficar. Ah, e que me contem suas histórias!