Acordar, dar um gole no café para despertar – quando dá tempo – e correr para o trabalho. No trajeto aquela olhadinha nas redes sociais para ver vidas “perfeitas”, gerar comparações e já começar o dia se sentindo frustrado e querendo voltar pra casa. Uma busca incansável por segurança e prazer, que nos faz ser engolidos por uma rotina insana e sem propósito. Rotina essa que faz a vida passar sem que que possamos viver o que realmente importa.
Foi exatamente assim que vivi muitos dias. É exatamente assim que muitas pessoas – quase todas – vivem. Em busca do perfeito, do ideal, de aceitação. Mas 2020 foi e está sendo um ano diferente, um ano que fez o mundo parar por causa de uma pandemia. Nesse tempo muitos sofreram, perderam entes queridos, outros ignoraram o perigo e, felizmente, muitas pessoas refletiram sobre um novo olhar para a vida.
As pessoas foram obrigadas a sair daquela rotina insana, acompanhar sua família de perto – bem de pertinho mesmo, com todos os defeitos e qualidades. Obrigadas a priorizar o bem-estar, a saúde e os pequenos detalhes do dia. Em um momento em que não havia um ritmo normal de trabalho e nem viagens a se fazer, éramos obrigados a apreciar detalhes. Nos demos conta do valor de uma boa companhia, da família reunida e agradecemos com todo coração a dádiva de estarmos vivos. Afinal, é isso o que mais importa. Não mais o dinheiro, mas sim a dádiva da vida e de estarmos com saúde.
Precisamos olhar o outro verdadeiramente. Não foi uma questão de interesses ou política, foi uma questão de humanidade. Quando esse momento chegou para todos, tivemos que olhar para dentro e questionar: eu estou vivendo certo?
O que é a vida de fato? Para que estamos aqui? Toda aquela correria de antes valia a pena quando entendemos que precisamos de tão pouco – que é muito – para viver e ser feliz?
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Sem dúvidas, 2020 está indo embora e nos deixando grandes lições. E estamos só no começo. Temos tanto pra aprender e caminhar. Nada é certo ainda, tudo é incerto, inconstante e pode mudar a qualquer momento. Que bom que é assim, porque isso é a vida. É aprender, mudar, construir, reconstruir e amar. A vida é mesmo uma caixinha de surpresas e devemos aprender que o maior presente é o agora. Não existe felicidade constante, nem a perfeição. Mas existe uma gratidão em todos os detalhes que, por vezes, passam despercebidos por nossos olhos.
Precisamos de um novo olhar para o mundo, para nós. Precisamos viver verdadeiramente. VIVA!