Recentemente, a professora do meu filho de cinco anos, me chamou de canto e disse:
“Mãe, seu filho tem pedido muito o lanche dos amigos e recusado o dele”.
Eu claro, como toda mãe, me senti super culpada, imaginando que meu filho poderia estar se sentindo excluído dentre seus amigos, por levar um lanche mais natural.
Minha preocupação em relação a alimentação saudável de meus filhos veio desde a gravidez, quando já tomei inúmeras providências, para oferecer o melhor e mais natural ao meu bebê, desde o ventre.
Depois do nascimento e mais ainda com o ingresso de meus dois amores na escola, a preocupação se estendeu a instituição, que por sorte e muita comunicação, sempre me deu o retorno esperado diante de minhas aflições e inseguranças.
Acontece que, mais forte do que as influências da nossa rotina familiar em casa e a supervisão de profissionais na escola, estão os protagonistas desta grande questão da alimentação infantil, ou seja: As crianças.
E daí sim, o buraco é mais embaixo, as vontades e as curiosidades irão surgir e com certeza, experiementar o novo do mundo é tentador e faz parte do crescimento e da formação dos valores da criança. Mas como todas as etapas do desenvolvimento de meus filhos foram vencidas em doses homepáticas, neste ponto, não seria diferente.
As famílias de um modo geral tem deixado algumas decisões quanto as escolhas e descobertas nas mãos das próprias crianças, e eu particularmente, não vejo aonde isso pode ser positivo. Bebês tomando refrigerantes ou comendo croquetes e coxinhas como jantar em dias de festa, “porque eles gostam ou sentem vontade” para mim não faz o menor sentido.
Em meu blog procuro justamente mostrar às famílias da atualidade que é possível e importante tomar partido novamente da alimentação das crianças, sem que seja necessário fechá-las em uma bolha, mas mostrando que as escolhas que fazemos por elas são as melhores em relação a um desenvolvimento e um futuro mais saudável.
E foi exatamente assim, que agi com meu filho. As lancheiras dos meus dois filhos são preparadas diariamente por mim, onde procuro sempre enviar opções saudáveis, variadas, o mais natural possível, nutritivas e principalmente saborosas. Em geral, nos últimos quatro anos tenho tido êxito, as lancheiras voltam sempre vazias, meus filhos satisfeitos e bem nutridos.
Porém, aos cinco anos de idade, já era esperado que meu pequeno rapazinho, contestasse algo usual, buscando experimentar o que era diferente.
Eu agi naturalmente, como tudo na vida deve ser, conversei com ele e perguntei sobre o ocorrido. Ele me disse que gostaria que eu enviasse na lancheira um lanche igual ao do amigo e eu, de minha parte, enfatizei que minhas escolhas combinam alimentos que eles gostam e nutrientes, mas mesmo assim, quando seu pedido foi um sanduíche de bolacha de água e sal com manteiga e geléia e arroz caramelizado, fiquei aliviada.
Providenciei os ingredientes e lá se foi meu filho, com uma lancheira igual a do amigo onde inclusive mandei mais porções, para que ele pudesse dividir.
Confesso a vocês, que neste dia a lancheira voltou com algumas sobras, meu filho feliz e realizado e nos demais dias ele voltou a levar seu pãozinho de mandioquinha recheado com queijo branco, uma fruta ou salada deliciosa, sempre variada e daí sim, a lancheira insiste em voltar para casa vazia!
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O mais importante de tudo, é que se acreditamos em um caminho, uma escolha, devemos seguir com ele e deixar isso claro para as crianças. Se eles sentirem que tudo isso é feito com amor, eles podem e vão adorar ser diferentes! Aliás, já existem amigos imitando também a lancheira do meu filho.
Sigo aprendendo a cada dia com a maternidade e quando por alguns minutos eu poderia achar que tinha feito tudo errado, respirei fundo e percebi que meu filho precisava apenas do meu apoio!