Nós, pais de hoje, somos elos de uma grande mudança de paradigmas de gerações. Viemos de uma realidade de valores e de uma sociedade totalmente diferentes.
As crianças de hoje nasceram em uma sociedade onde a globalização, as facilidades da tecnologia, a informação disponível são realidade. Coisas que na nossa época eram consideradas traumáticas como mães solteiras, pais separados, guarda compartilhada, entre outros, fazem parte de algo perfeitamente normal para eles.
Eles são seres globalizados, conectados, inteligentes e preparados para uma sociedade com novos valores. As informações contidas no DNA deles já estão alteradas. Não vão se encaixar dentro de nossas verdades.
Birra, desobediência, falta de atenção, foco, depressão, desinteresse, hiperatividade são sintomas de quem não se sente adaptado.
O problema não está em nossas crianças, elas simplesmente reagem com indiferença ou revolta a um sistema que não faz parte de suas realidades, tornando a vida desinteressante.
Os nossos filhos não são nossos, são eles mesmos! Eles são pioneiros e nossa função é ajudá-los a se adaptar.
Não importa a idade que ele tenha, encare seu filho como companheiro de jornada, vocês fazem parte da mesma escola, cada um em um grau diferente de aprendizado.
Ele pediu para nascer sim, e por um acordo mútuo escolheu inclusive ser seu filho. As coisas que nos fazem sentir culpados como separação do casal, falta de tempo, de recursos, são exatamente as situações que ele escolheu viver para seu aprendizado.
Segurar nos braços firmemente e olhar no olho , falando de igual para igual, como orientador nos primeiros passos dessa jornada é uma postura que transmite segurança, apoio.
Deixar dormir um pouquinho na sua cama, transmite conforto, acolhimento, mas ir para a cama dele depois é importante para ele reconhecer o seu espaço na casa e na família.
Agredir, humilhar ou ir a outro extremo de ser dominado pelo capricho dos pequenos é estar longe do equilíbrio almejado.
Os filhos devem gratidão e respeito aos pais, e não o contrário. Pois demos a eles a oportunidade de estarem aqui, e é nossa função os acolher e os orientar e não querer que eles sejam cópias de nossas personalidades.
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Esses são princípios básicos para que não se tornem tiranos, parasitas ou excluídos. Passar valores e princípios humanos é nosso papel. E aprender isso é papel deles. Quando cada criança é reconhecida pelos seus valores como um ser individual, que é, e cobrada pelas suas responsabilidades ela amadurece e responde à altura. Isso é um ato de amor e respeito mútuo.