A fé independe de religião, sem ela não há esperança. Ter certeza de que algo está onde você não pode ver, mas poder sentir é o que te move a continuar caminhando pela vida com muito ânimo.
Havia numa cidade grande e muito agitada, uma mulher que sofria muito com muitas dores em todo o corpo, ela sempre procurava ajuda médica, mas as respostas que ela ouvia não lhe traziam conforto. Ela ouvia coisas do tipo: “a senhora não parece doente, sua aparência é muito boa, mas vamos fazer alguns exames para constatar se há algum problema com a senhora”.
Ela se sentia mal, porque pensava assim: “esses médicos são terríveis, eles olham para gente e querem ver um ser aos pedaços. Para mim, a medicina está muito atrasada. Se eu digo que sinto dores é porque sinto dores! Quero uma resposta para o que eu sinto! Será que esses médicos pensam que eu estou fantasiando? Será que eles pensam que sou mais uma daquelas pessoas que têm mania por doenças? Eu não sou assim!”
Os dias iam passando e a situação da mulher piorando. Ela era uma pessoa otimista, tinha muita fé na vida e acreditava muito em Deus. Tinha certeza de que sua sorte iria mudar. Depois de passar por vários tratamentos com medicamentos para tirar suas dores, a mulher, cansada em ter poucos resultados positivos, resolveu procurar um especialista bem renomado. No dia da consulta com o médico de grande renome, lá estava ela na hora marcada. O médico a examinou e fez um milhão de perguntas, depois disse assim: “provavelmente seus problemas são de ordem genética, essas deformações que você tem nos joelhos são um tipo de ‘reumatismo’. Você vai tomar esse remédio que eu vou receitar. É um medicamento que te fará bem. Ligue para este número que está aqui neste cartão, você vai adquirir o remédio por um preço melhor e ainda terá um bom desconto, já que esse remédio ainda custa muito caro. Depois que você fizer uso do remédio, por uns três meses, você retorna aqui.
A mulher saiu do consultório médico, toda feliz. Ela ia pensando pelo caminho: “nossa! Finalmente alguém me disse o que eu tenho. Que médico atencioso, e ainda me receitou um remédio que me fará bem. Hoje mesmo vou comprar esse medicamento e vou tomar com todo o rigor.”
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E assim foi feito. A mulher começou a ingerir o medicamento, “o remédio milagroso e caro” que iria trazer-lhe à cura. Três dias após ter ingerido o tal remédio, a mulher começou a ter uma sensação ruim. Ela sentia partes de seu corpo anestesiado, sentia taquicardia, dores de cabeça, um barulho enorme no ouvido e irritabilidade. Conforme os dias corriam, ela continuava tomando o remédio e esse fazia de sua vida um inferno. Começou a ter alucinações e não conseguia dormir. Ela pensou: “o que está acontecendo comigo? Vou ligar para o médico e relatar o que está se passando”. Ligou, mas ele estava de férias. Então, após uma semana ingerindo o remédio, ela decidiu parar com ele. Aquilo lhe fazia mal. Ela parou de tomar o remédio, mas o efeito continuou por vários dias em seu organismo. A mulher pensava que iria morrer, porque o desespero era tanto, e ela só queria sentir alívio. Nessas horas de terror, a mulher clamava a Deus para que ele lhe desse alívio. Durante vinte dias a mulher não dormiu, o que a fazia ficar em “paz” era a fé que ela tinha no seu Deus, porque ela clamava pela cura. Ela sabia que Deus não a abandonaria naquelas horas de terror.
Os dias passaram, a mulher ficou bem, graças a Deus. Ela tem procurado outros tratamentos para seus problemas, mas ela pensa que aquele médico foi negligente quando não lhe disse dos efeitos colaterais daquele remédio, ele foi tão atencioso, mas nem tanto. Ela chegou a uma triste conclusão que diz assim: “Os lucros com os medicamentos são grandiosos e alguns médicos estão focados neles. O ser humano para alguns, ou muitos médicos, é apenas uma fonte de renda lucrativa e nada mais”.