O budismo é a quinta maior religião do mundo, com aproximadamente 500 milhões de adeptos. Criada por Sidarta Guatama, a filosofia crê no Carma, sistema de ética de causa e efeito, ou seja, o que fazemos nessa vida influencia as outras encarnações.
Ilusão, ganância e ódio são raízes do sofrimento. A felicidade, grande lema do budismo, é alcançada com o desapego dos bens materiais.
Com a biografia de Sidarta Guatama entendemos esse conceito. Nascido na Índia, 600 a.C, ele teve vida luxuosa, mas mudou seus conceitos após ver um homem idoso, um doente e um cadáver. Ele renunciou sua riqueza depois de ver a serenidade de um monge asceta, livre de qualquer luxo e conforto.
Por volta dos 35 anos, Sidarta comeu uma tigela de arroz, sentou-se sob uma figueira e meditou. Ele resistiu às angústias e tentações e alcançou a iluminação no nascer do sol seguinte. Após esse acontecimento, passou a ser visto como um ser iluminado, o Buda, confirmando a previsão do astrólogo que visitou seu pai dias após o nascimento de Sidarta.
As influências do budismo no mundo ocidental chegaram ao mundo corporativo. Técnicas de meditação e controle mental aumentam a produtividade. Na verdade, a filosofia beneficia qualquer pessoa interessada em evoluir espiritualmente. Você vai conhecer alguns fundamentos budistas que vão mudar sua vida.
Dukkha: descontentamento, desilusão e sofrimento
O conceito “a vida é um sofrimento”, na verdade, significa que ela não é sempre um mar de rosas. Para os budistas, grande parte do sofrimento vem da dificuldade para encarar as emoções e entrar em contato com a espiritualidade. Isso é comprovado pela enorme sensação de tédio, ansiedade e tristeza que muitos sentem, e pela tentativa de aplacar a dor com prazeres materiais.
Dukkha no dia a dia
É bobagem acreditar que a felicidade virá com a prosperidade material. Pessoas realmente felizes têm problemas e dores. Quando sonhamos com coisas irreais, nos tornamos tristes. O budismo ensina que aceitar as imperfeições da vida traz menos decepções.
Antiya: a vida em constante movimento
Antiya quer dizer ‘transitoriedade’, ou seja, a vida anda para frente. Acordamos diferentes todos os dias, devido alterações biológicas e pensamentos diferentes. Essa verdade budista diz ainda que o futuro é uma ilusão e que nada dura para sempre – nem a tristeza, nem a alegria. Aceitar a transitoriedade da vida liberta nosso ser. O conceito foi aplicado 100 anos depois pelo filósofo grego Heráclito, quando disse: “Ninguém consegue banhar-se duas vezes no mesmo rio”.
Antiya no dia a dia
Não há mal que sempre dure, nem felicidade que nunca se acabe. O ditado popular expressa muito bem o conceito Antiya. Coisas ruins terão fim, momentos felizes estarão em sua memória.
Anatma: você muda todos os dias
Colocaram em nossas cabeças que a plenitude vem quando encontramos o “eu verdadeiro”. Contudo, o budismo não acredita nisso. O que existe é o “eu” deste momento, acordamos uma pessoa, à tarde somos outra e terminamos o dia diferente de quando acordamos.
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Anatma no dia a dia
Se estamos tristes hoje, amanhã podemos recuperar a alegria. O que é imperdoável hoje, amanhã terá sua compreensão.
Você já conhecia essas verdades budistas? Se sim ou não, conte para a gente o que achou e as mudanças que sente em seu dia a dia.
Texto escrito por Sumaia de Santana Salgado da Equipe Eu Sem Fronteiras.