Todo mundo sabe que praticar exercícios físicos faz bem para a saúde: dá mais disposição, melhora o bem-estar, promove condicionamento físico, previne doenças, entre outros benefícios. Mas o seu excesso pode trazer o oposto disso. É a chamada vigorexia, uma condição que afeta a forma como a pessoa enxerga o próprio corpo no espelho.
Separamos tudo o que você precisa saber sobre esse transtorno e quais são as consequências dele na vida de uma pessoa. Continue lendo e entenda!
Mais sobre a Vigorexia
O que é vigorexia?
A vigorexia também pode ser chamada dismorfia muscular ou anorexia nervosa reversa. Isso porque, assim como a anorexia, o paciente se enxerga de uma maneira distorcida quando se olha no espelho. Forte e muito mais musculoso que a maioria das pessoas, ele insiste em se achar fraco e com poucos músculos.
Como consequência, procura fazer cada vez mais atividades físicas em busca do que considera o corpo ideal. Também pode acabar adotando dietas rigorosas ou lançar mão de suplementos alimentares e anabolizantes sem prescrição médica. E, ainda, usar roupas que cobrem o corpo mesmo nos dias quentes, com vergonha da exposição.
Entenda as possíveis causas da vigorexia
Um dos motivos que pode provocar a vigorexia é a alteração de neurotransmissores do sistema nervoso central relacionados, por exemplo, a casos de meningite e encefalite. Por outro lado, a principal causa desse transtorno está ligada à autoestima.
Isso porque ele tem muito a ver com o padrão de beleza disseminado na sociedade, em especial, através das redes sociais — as quais nem sempre mostram a realidade como ela é.
Não à toa, o transtorno afeta majoritariamente homens entre 18 e 35 anos. A vigorexia feminina também acontece, mas é menos comum.
Saiba quais são os sintomas do transtorno
Para identificá-la, seja em homens ou mulheres, é preciso se atentar aos sintomas. Em sua maioria, eles são sinais psicológicos:
- Visão distorcida do próprio corpo;
- Preocupação exagerada com a dieta alimentar e a ingestão de proteínas;
- Prática excessiva de exercícios físicos, chegando a causar dores ou lesões;
- Críticas frequentes sobre o próprio corpo;
- Consumo de suplementos alimentares ou esteroides anabolizantes;
- Prioridade aos exercícios físicos em relação a eventos ou compromissos sociais;
- Desinteresse em coisas que gostava de fazer e que não envolvem malhar;
- Sentimento de inferioridade em relação aos outros;
- Insônia, dores musculares, queda no desempenho sexual, depressão, entre outros.
Antes que tenha consequências mais graves na vida do paciente, a vigorexia pode e deve ser tratada. Continue lendo para saber como.
A vigorexia tem cura?
Ao aceitar o acompanhamento multidisciplinar de psicoterapeutas, nutricionistas, endocrinologistas e educadores físicos, é possível alcançar a cura para a vigorexia. Isso não significa parar de fazer atividades físicas, mas construir uma relação saudável com elas e com o próprio corpo.
Você sabe quais são as consequências da vigorexia?
Sem apoio e tratamento, a pessoa com vigorexia pode sofrer problemas graves. Com relação ao uso descontrolado de suplementos e anabolizantes, por exemplo, pode surgir disfunção erétil, infertilidade, insuficiência renal ou hepática, problemas de circulação, câncer de próstata, diminuição do testículo, entre outras complicações.
Já o exercício físico exagerado coloca em risco a integridade do organismo, podendo causar dores musculares, lesões importantes e adversidades nas articulações.
Emocionalmente falando, há ainda a possibilidade de desenvolver depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos.
Conheça os tipos de tratamento para a doença
Ainda que a vigorexia não seja categorizada como um transtorno e os critérios terapêuticos não sejam tão bem definidos, o tratamento é fundamental. Uma vez que o diagnóstico é feito, especialistas apostam em:
- Suspensão imediata do uso de anabolizantes;
- Acompanhamento médico e psicológico;
- Uso de medicamentos antidepressivos para controlar os sintomas;
- Trabalho conjunto de recuperação da autoestima;
- Orientação de um educador físico na retomada dos exercícios físicos.
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Durante o tratamento, o paciente percebe que os padrões de beleza estimulados em nossa sociedade não devem ser a prioridade de ninguém. Por mais que eles estejam em todo lugar, é preciso saber filtrar e buscar apenas os modelos que fazem bem para si mesmo, sem exagerar. As atividades físicas são importantes e não precisam — nem devem — ser abandonadas, mas, como tudo na vida, precisam de equilíbrio. Pense sobre isso!