Olá queridos amigos!
Continuando o vôo da borboleta!
Em pleno vôo, ainda caia, o que fazer?!
Consciente e incompetente
E os meses passavam e eu estava dedicada em evoluir, compreender, me reconhecer dentro das minhas conquistas, minhas limitações, dentro das minhas imperfeições (trabalhoso demais), mas tinha fôlego agora, e lá ia eu, entre voos livres e deslizes dolorosos, continuava.
Consciente e incompetente: quando olhamos para nós e descobrimos o que precisamos melhorar, mas que ainda não conseguimos fazer; Então, imaginem as frustrações que passavam, consciente do que havia a elaborar (processo lento e muitas vezes trabalhoso, que vem após o insight, ao identificarmos e compreendermos nossos traumas, recalques, etc.), já dava os primeiros passos para o novo conhecimento e quando achava que já havia introjetado a nova postura, adivinhem?! Deslizava novamente.
(…) na psicanálise, curar da origem, da causa para o efeito e recomeçar quantas vezes for preciso. Ao me ver na incompetência novamente, choramingava: “Que saco, que saco, que saco… chorando por isso de novo?”, mas na terapia aprendemos a rever os fatos e o que é mais incrível na psicanálise, curar da origem, da causa para o efeito e recomeçar quantas vezes for preciso.
Lá ia eu, treinar meus voos mais uma, e mais uma, e mais uma vez. Na evolução, lenta e gradual, começava a identificar mais rápido as minhas imperfeições e a retificar meus deslizes, ao reconhecê-los ia educando meu cérebro a nova postura, assim sentia o gosto de estar no comando das minhas vontades, das minhas necessidades, do meu amor próprio. Imensurável o prazer.
Processo lindo que só se inicia ao reconhecermos em nós nossas sombras. Reconhecer que aquilo que reclamamos nos outros há em nós e assim ter a coragem de mudar, de enfrentar as regras, as leis que a sociedade, a religião, a família nos disse que são as corretas.
Mas espera, muitas coisas carregava, me traia para agradar, satisfazer, respeitar as tais regras que não sentia em mim como verdade, como poderia agora fortalecendo o meu ser e continuar a carregá-las? Transgredi! Sim, transgredi as leis que não me faziam mais sentido e aquelas que sequer pensei a respeito, pior, só aceitei. Comecei a viver a plenitude e a beleza de ser o que se é!
A borboleta foi ganhando força nas asas e os deslizes iam se tornando mais e mais espaçados, outros processos começavam, e esse universo é tão generoso, que nos permite estarmos no mesmo momento, inconscientes e incompetentes, consciente e incompetentes. Tudo isso para nos tornarmos inconscientes competentes, quando conseguirmos fazer o que nos propormos como correto e bons ideais, sem nem sequer pensar nas ações, elas se tornam automáticas!
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O Zen nos ensina que o crescimento interior sempre envolve uma experiência como “um carvão em brasa entalado na garganta”. No caminho de nosso desenvolvimento sempre chegamos a um problema, um obstáculo tão grande que nem o podemos engolir nem o podemos expelir.
É exatamente esta a nossa experiência ocidental com relação ao amor romântico: não podemos viver com ele – não podemos engolir e não podemos expelir! Esse “carvão ardente” na garganta é um aviso de que um tremendo potencial evolutivo está tentando se manifestar”. (We, A chave da psicologia do amor romântico.)
Continuando o voo…