Autoconhecimento Comportamento Convivendo

Viver e conviver

Imagem de fundo branco e em destaque uma moça de cabelo preso, sentanda brincando com um gato e um cachorro, seus animais de estimação, mostrando a prática da convivência.
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Escrito por Luiz Guimaraes

Viver e conviver são conceitos fundamentais para a existência humana, pois englobam a maneira como interagimos com o mundo e com as pessoas que encontramos ao longo da vida. Viver refere-se à experiência individual de existir, aprender e crescer. Já conviver implica a habilidade de compartilhar essa experiência com os outros.

“Discordo do que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo”.
Voltaire (Filosofo).

A vida por si só exige formas de pensar e agir. Durante um dia, nós temos incontáveis pensamentos para serem administrados. É a partir deles que moldamos nossas condutas que, invariavelmente, trarão resultados bons ou maus, dependendo da qualidade dos mesmos.

Atentemos para a questão 766 do Livro dos Espíritos: “A vida social está na natureza? R – Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação”.

Nossas necessidades se fazem presente logo ao nascermos. Precisamos do acolhimento e cuidados imediatos, vivenciando os primeiros momentos da vida social, onde a família nos concede o amparo e zelo. É nessa condição que o ser humano dá o primeiro sinal como “ser político”, negociando pelo choro o aquecimento ou o alimento que lhe falta…

Daí por diante, a vida segue. Os percalços que nos chegam são próprios dos caminhos que trilhamos, servindo como aprendizado, deixando-nos a experiência. Os esforços são constantes e dependendo das ocorrências, somos impelidos a raciocinar com mais intensidade para a superação dos desafios.

Importante ressaltar, que o bom senso deve nortear as nossas decisões, para podermos obter bons resultados através do nosso equilíbrio emocional.

Pessoas dando as mãos em conjunto.
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O açodamento não deve existir em nenhum momento de nossas ações. Ele reflete a nossa impulsividade, que busca sempre o “imediatismo”. Seus resultados nem sempre são bons. A solução com a devida maturidade requer paciência e como tal, não pode ocorrer no tempo que desejamos.

Todos os caminhos da existência exigirão essa postura e daí, tiraremos o melhor proveito nas ocasiões mais difíceis. É dessa forma que adquirimos experiências e evoluímos para enfrentarmos o dia a dia. Tudo isso é uma constante em nossas vidas.

Sabendo dessa realidade, busquemos pela razão encontrar a melhor maneira de “viver” com equilíbrio, administrando os momentos mais nebulosos, valendo-nos da inteligência emocional, que será a porta do êxito esperado.

Nesse contexto, citamos Daniel Goleman no Livro Inteligência Emocional, pág. 39, onde cita Aristóteles no seu Livro Ética a Nicômaco: “(…) Em Ética a Nicômaco, inquirição filosófica de Aristóteles sobre virtude, caráter e uma vida justa, está implícito o desafio à nossa capacidade de equilibrar razão e emoção”

Quanto a convivência, as dificuldades são muito maiores! É necessário que tenhamos empatia ao interagirmos com a sociedade a partir do nosso lar. Todos nós somos diferentes e por isso, precisamos nos esforçar para aceitar as ideias dos outros e, nesse particular, exercitemos a tolerância. Não quer dizer que concordemos com tudo que nos chega, mas o direito de cada um deve ser respeitado.

As divergências existem por conta de muitos que se acham no direito de “impor” suas ideias. Deus nos deu o livre arbítrio para escolhermos o caminho a seguir. Por conseguinte, ninguém tem o direito de impor a nossa forma de pensar e viver.

Como Espíritos, temos a nossa individualidade com as vivências e experiências próprias, com o direito de nos expressarmos com os outros. Mas em sociedade há regras, direitos, deveres e responsabilidades!

No convívio diário é necessária a prática do princípio da “alteridade”, que se pode dizer como sendo: “a aceitação de que há pessoas e culturas singulares e subjetivas que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras”.

Conceito de alteridade.
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Essa prática oportuniza-nos o caminho para convivermos numa sociedade justa, equilibrada, democrática e tolerante, ensejando que todos possam expressar-se com respeito às ideias alheias. Em síntese, é colocar-se no lugar do outro.

No Livro Conviver e Melhorar, pág. 5, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelos Espíritos Lourdes de Catherine e Batuíra, temos: “O caráter distintivo das pessoas é um produto complexo das influências do meio em que viveram desde os primeiros dias como bebê (em alguns casos, mesmo antes, no próprio ventre materno) somado às predisposições inatas (resultado de vidas pretéritas)”. Essa complexidade torna-se obstáculo para muitos que preferem o desregramento.

Conviver exige renúncia e entendimento das nossas qualidades e defeitos, estendendo essa concepção para os nossos semelhantes. Depreende-se, assim, que conviver é um grande desafio que precisamos vencer para que nossas existências sejam fraternas e harmoniosas.

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Vivemos buscando a perfeição relativa que nos cabe alcançar. O tempo dependerá do nosso grau de evolução. Pelo esforço contínuo, procuremos aprimorar nossas qualidades e corrigir os equívocos que trazemos na bagagem dos tempos…

Augusto Cury no seu Livro Treinando emoções para ser feliz, pág. 102, diz: “Não se feche dentro de seu mundo. Não há gigantes no território da emoção, todos somos eternos aprendizes”. (Viva o hoje em plenitude. Amanhã, pode ser que você não tenha um novo dia).

Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
www.cecpj.org.br cecpj You Tube @cecpjoficial

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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