Aproveitei a oportunidade para bater um papo com Anah e conhecer um pouco mais de sua história e como o livro surgiu em sua vida. E, aqui, segue um pouco de nossa conversa tão saborosa para que degustem e apreciem.
Anah, conte para nós um pouco da sua história e como você chegou ao livro, se tem formação nessa área:
Eu começo o livro desde quando era criança e fui resgatando isso até agora porque eu tinha horror à cozinha. Eu era daquelas que comia todas as comidinhas prontas e ligava para todos os números de delivery. A minha cozinha era toda trash. Eu tive um grande desafio na minha vida que me tirou dessa zona de conforto e quando saio dessa zona de conforto, começo a meditar. Na verdade, eu volto a meditar, porque quando tinha 18 anos tentei fazer yoga e achei que era muito devagar pra mim naquela época. Fiz algumas aulas e saí.
Mas a semente do silêncio ficou dentro de mim. Então, quando estou vivendo esse caos vou buscar a meditação. Quando começo a meditar, o grupo que eu frequentava era recebido em uma cozinha. Então a gente comia e meditava. Todos os grupos que eu acabei caindo tinham o alimento junto. Isso é muito engraçado. Aí, nesse grupo de Yoga eu começo a levar o alimento. Era a responsável por levar. Então, começo a querer cozinhar e a trazer a ideia de presença na cozinha. Fui trazendo essa presença quando preparava o alimento e isso foi reverberando em minha casa. Por exemplo: meu filho tinha uns 12 anos na época e de repente ele chegou na cozinha, sentou na mesa e disse: “Nossa mãe, obrigada pela comida”. Fiquei surpresa porque nunca ele tinha me agradecido a comida. Ele, adolescente, me sai com uma dessa. Isso fez toda a diferença para mim.
Qual sua formação, Anah?
Sou designer. Com esse movimento todo fui estudar Ayurveda, Naturopatia, fui fazendo várias formações e a que me ajudou a costurar tudo foi uma pós-graduação em psicologia transpessoal. Meu trabalho da pós foi a alimentação como bem-estar. Eu conquistei esse bem-estar. Eu mudei, hoje sou outra. Eu ainda não tinha descoberto a pessoa que sou. E como a alimentação me ajudou nesse processo!
A alimentação natural passa a ser naturalmente agradável, não foi um processo forçado: tenho que comer porque isso é saudável. E é onde eu começo a conversar com os alimentos, desprender de conceitos como, ah, estão falando que isso é saudável. Será que é saudável para mim? Descobri esse lugar onde você é dono de sua verdade, onde você acessa esse lugar e isso consegui através desse silêncio, dessa meditação.
E você aborda essa questão no livro, sobre essa descoberta?
Essa história toda está no livro. Tem a Chiara Luz e a Chiara Sombra também aparece. O livro está sendo trabalhado há muitos anos. O Universo age da forma certa. Eu estava no portão do Anhembi para ver o Dalai Lama quando ele veio para o Brasil e conheci uma pessoa que na época era artista e estava indo morar fora do Brasil. No ano passado, ela ganhou o primeiro prêmio Kindle de escritor. Conheci essa pessoa pelo Face, ela morava em Belo Horizonte e sumiu! Outra vez estava em Abadiânia, outro lugar de espiritualidade, e ela entra em contato comigo propondo uma troca porque estava fazendo um trabalho de coaching literário e eu estava pensando em escrever um livro e foi assim que começou. Numa outra oportunidade ganhei um caderno artesanal num retiro. Uma pessoa que faz os cadernos chegou para mim e disse: “Não sei porque, não te conheço, mas tenho que dar esse caderno para você”. Aí eu pensei, já sei porque ganhei.
E o livro estará em todas as livrarias?
A princípio não, porque é uma autopublicação e ainda não sei como será feita a distribuição.
Anah tem uma história inspiradora que pode levar-nos a observar os nossos próprios objetivos, repensar a maneira como dialogamos com nossos sonhos e projetos. Para quem quiser conhecer, seguem os links dos próximos eventos para lançamento:
Bate-papo com a autora - 23 de Junho Bate-papo com a autora - 01 de Julho
Você também pode gostar de outra entrevista da autora. Acesse: Mulher Quebrada