As preocupações com padrões não só estéticos mas também comportamentais são cada vez mais crescentes, principalmente no período da adolescência. É normal que todos nós tenhamos passados por aquela fase em que temos a imagem de alguém, normalmente uma figura famosa ou reconhecida, como exemplo e meta de vida. Essa busca por um guia, uma orientação, é normal nessa fase da vida, precisamos nos autoafirmar e para isso tentamos “imitar” alguém que consideramos perfeito, maravilhoso.
O que muitas vezes acontece é que essa fixação mascara a realidade. Ou seja, a tentativa de tentar ser um outro alguém mascara suas características naturais, seu próprio jeito de ser e faz com que tudo seja feito para modificar, o que pode resultar num processo nada saudável nem prazeroso.
Meu eu
Após certa idade se passa a perceber uma identidade própria e a tendência é se tornar cada vez mais original e formar sua personalidade a partir de um “mix” de convivências e experiências. Aí começa o amadurecimento com julgamento maior sobre seu próprio comportamento e pensamento.
Mesmo assim, muitas pessoas se sentem inseguras sobre sua identidade e continuam a prender-se aos padrões da sociedade. Um grande exemplo está na estética. As roupas que usa são realmente aquelas que gosta e te deixam confortáveis ou são aquelas divulgadas pela mídia e ditas “da moda”?
Outras perspectivas
Esse aprisionamento não se limita à estética. Muitos são os exemplos de bloqueio devido a este medo de ser o que realmente é.
Até mesmo o pensamento, o expressar de opiniões pode ficar preso a algum círculo de discussão que imponha certas opiniões pressionando sua coragem de expressar sua verdadeira opinião.
A vergonha de mostrar seu corpo também é outro exemplo. Independentemente de estar satisfeito com ele ou não, em processo de mudanças ou não, não é necessário escondê-lo por medo de julgamentos.
Os bens materiais também entram nessa. É muito comum nos pegarmos comparando nossos pertences aos dos outros. Em alguns casos até se passa a consumir produtos de que não necessita ou não gosta por conta de uma “inspiração” superficial em alguma figura que admira ou até mesmo inveja sem perceber.
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Original
É muito importante para a autoestima, bem-estar e para o bom fluxo de energia que sejamos nós mesmos. É importante se aceitar e viver sua vida da maneira que julga digna, sem imitar quaisquer outros padrões.
Vivemos em grupo e regras comuns são necessárias, entretanto, este não é fator que deva diminuir suas vontades. Deve-se confiar em si e, mesmo que com exemplos a seguir, ter sua afirmação e opinião próprias.
Texto escrito por Júlia Zayas da Equipe Eu Sem Fronteiras.