Muitas vezes, nos apaixonamos mais pela ideia que criamos sobre alguém do que pela pessoa real. Construímos expectativas, projetamos desejos e necessidades, e moldamos o outro em nossa mente para que ele se encaixe no que queremos. Mas até que ponto essa visão corresponde à realidade?
Gerenciar um relacionamento significa adaptar-se ao outro, fazer concessões e negociar diferenças. No entanto, se essa gestão se torna um esforço contínuo para manter alguém dentro de um ideal que criamos, há um problema. A relação se sustenta na fantasia, não na autenticidade.
Exemplos práticos desse comportamento:
- Idealizar um parceiro perfeito: você conhece alguém e logo acredita que essa pessoa é exatamente o que sempre quis. Ignora sinais de alerta, justificando atitudes tóxicas porque deseja que o relacionamento funcione a qualquer custo.
- Esperar mudanças irreais: você entra em um relacionamento esperando que o outro mude aspectos essenciais de sua personalidade. Acredita que, com o tempo, ele será mais romântico, mais atencioso ou que terá os mesmos valores que você.
- Criar histórias na mente: muitas pessoas idealizam futuros com alguém antes mesmo de conhecer essa pessoa profundamente. Planejam viagens, casamentos ou até mesmo filhos sem avaliar se a relação realmente tem base para isso.
O perigo dessa dinâmica é que, ao longo do tempo, podemos nos frustrar ao perceber que a pessoa real não corresponde à versão idealizada. Quando isso acontece, surgem cobranças, ressentimentos e a sensação de que algo está errado – quando, na verdade, o erro esteve na projeção inicial.
Relacionamentos saudáveis não são baseados em controle ou gerenciamento, mas em aceitação e reciprocidade.
É essencial perguntar-se: estou com essa pessoa por quem ela realmente é ou porque ela se encaixa na história que criei na minha mente?
Se a resposta for a segunda opção, talvez seja hora de reavaliar o vínculo e buscar relações mais autênticas. A realidade pode ser menos perfeita do que nossas fantasias, mas é nela que encontramos conexões verdadeiras e duradouras.
Amar alguém não significa encaixá-lo em um molde, mas aceitá-lo com todas as suas nuances e imperfeições.
Você também pode gostar
Conheça a livraria virtual com mais de 20 títulos apaixonantes sobre comportamento humano, motivação, relacionamento, sedução e paquera. Recomeço, Psicanálise, Coaching, Ansiedade e Pânico (como se livrar dessa coisa paralisante), divórcio, educação dos filhos, timidez e muito mais!
Clique aqui e embarque nessa viagem!