Rupert Sheldrake é considerado atualmente o mais controverso biólogo de nosso tempo. Autor do livro ‘A New Science of Life’, traduzido para o português como ‘Uma nova ciência de vida’, ele postulou a hipótese da Ressonância Mórfica, a mais revolucionária proposição da biologia contemporânea.
Segundo essa teoria, todos os indivíduos de uma mesma espécie, inclusive o homem, formam e se encontram unidos num mesmo campo planetário mental. A esse campo, ele deu o nome de Campo Morfogenético, que afeta a mente desses indivíduos e, consequentemente, a mente deles também afeta o campo.
Segundo ele, cada espécie, seja ela mineral, vegetal ou animal, tem uma memória do tipo coletiva, onde todos os membros desse grupo formado acabam dando a sua contribuição. Por exemplo, se um indivíduo da espécie animal aprender uma habilidade nova, todos os participantes dessa comunidade aprenderão de maneira mais fácil a mesma habilidade.
Ressonância Mórfica: a teoria do centésimo macaco
Pare entender a teoria da Ressonância Mórfica, imagine duas ilhas pequenas e tropicais, isoladas por completo. A elas vamos chamar de A e B. Em ambas as ilhas, existe uma população pequena de macacos, todos da mesma espécie e com parecidos hábitos em sua alimentação.
O cardápio diário deles é repleto de frutas e raízes.
De repente, uma maré muito alta invade o bosque à beira-mar em que os macacos da A ilha viviam e faziam suas refeições. A força do mar acabou expondo amostras variadas da raiz que esses macacos gostavam, desvinculando-as por completo da Terra. Quando os macacos voltam, então, ao seu refeitório, descobriram que o gosto e o sabor desse alimentos melhoraram e eles se transformaram em iguarias.
A partir dessa experiência, e utilizando-se de muita astúcia e inteligência, esses macacos passaram a ter como costume caminhar até a praia para lavar e temperar as raízes. Todas as famílias dessa comunidade acabaram imitando esse hábito.
Entretanto, quando o centésimo macaco da ilha A passou a dominar por completo a técnica, os macacos da ilha B, espontaneamente e sem a sofrerem influência da maré, passaram a adotar essa nova prática.
Mas como isso ocorreu se não houve nenhuma comunicação entre essas duas comunidades? Isso seria apenas uma coincidência?
A resposta de Sheldrake para esta nova situação é ousada. Segundo ele, os campos mórficos podem ser entendidos como estruturas que se distendem no espaço e no tempo, moldando o comportamento e a forma de todos os sistemas. Assim, moléculas, organelas, átomos, cristais, órgãos, tecidos, células, organismos, ecossistemas, sociedades, galáxias, sistemas solares, sistemas planetários e diversas entidades se associam a um específico campo mórfico.
No exemplo do caso das ilhas de macacos, o comportamento que o grupo A passou a adotar depois de um acontecimento do acaso tem ligação com o patrimônio coletivo que provoca um aumento de consciência compartilhado por todos os indivíduos dessa espécie. Esse sistema de coletividade de informação recebeu o nome de Ressonância Mórfica.
Os campos morfogenéticos têm informações das evoluções anteriores e da história como um todo, uma espécie de inconsciente coletivo.
Esse conceito de memória coletiva pode ser aplicado em estudos de árvore genealógica. Cada grupo de pessoas (família), tem sua memória coletiva própria, onde todos os membros têm acesso.
A transmissão de geração em geração através de uma memória comum que todos os membros compartilham, tendo ou não convivido no mesmo espaço e no mesmo tempo. Mas a dúvida é: nós, descendentes, podemos alterar as informações contidas no campo mórfico?
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Através de uma terapia chamada de Microfisioterapia, este problema pode ser tratado de maneira fácil. Se a queixa do indivíduo for de alguma espécie de medo, um hábito ou costume, ou um padrão que lhe venha causando prejuízo ou desconforto e ele se sinta pronto para compreender e, principalmente, trabalhar os motivos pelos quais toma determinadas decisões, a origem e a causa desse problema poderão ser encontradas (caso se encontrem enraizadas nos padrões familiares), estimulando o processo de autocura. Isso significa que o indivíduo passa a ter forças para mudar sua situação atual, mesmo se o problema for originário de gerações passadas.
- Texto escrito por Flávia Faria da Equipe Eu Sem Fronteiras.