Quando eu era criança, um carro chamado “Passat” foi lançado. Estou, obviamente, falando da versão original, lá pelos idos dos anos 1980. Eu achava aquele carro lindo! Mas ele era bem caro para a época, então outra montadora lançou o Corcel e, depois, o Corcel 2. Eles eram parecidos. Parecidos. O Corcel era mais feioso, via-se que o desenho não era tão harmonioso. Bem, meu pai, com as possibilidades da época, comprou o Corcel. Um dourado (eu amava a cor) que esquentava todas as vezes que subíamos a serra da praia para São Paulo.
Hoje, no elevador, me apaixonei por um carro. Elétrico. Ele tem um estilo vintage, muito fofo e não polui o meio ambiente. Amei. Acabei de atualizar meu sonho de consumo. Mas, como meu pai, na hora eu pensei “Xi, deve ser muito caro. Mas logo eles devem lançar um mais em conta do mesmo estilo”. Hoje, depois de séculos de terapia, eu mesma puxei a minha orelha e pensei “Que feio, Andrea”.
Será que nos conformamos com o second best por quê? Porque, na maioria das vezes, nem achamos que merecemos o principal. Eu não tenho ideia de quanto o carro que eu vi na propaganda do elevador custa, mas já havia descartado. E, se minhas crenças descartaram, meu cérebro já apagou a informação original de “dar um jeito de realizar o novo sonho dela”. E aí, já viu, lá vamos nós procurando as marcas alternativas do mercado ou o jeito mais barato de viajar de avião – fazendo serão na madrugada na internet para pagar mais barato um voo que sai as 2:30 da manhã e faz escala em 14 países.
Então por que algumas pessoas estão escolhendo o jato particular, comprando presunto de parma no Depósito Santa Luzia e andando com o carro que bem entender? Porque acreditamos em coisas diferentes.
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Ah, Andrea, mas e a diferença social? Sim, a diferença social tira das pessoas o seu bem mais precioso: os sonhos. Ah, mas e a falta de escolaridade? Idem! Mas e, mas e, mas e… mas e o quê? Me dê 500 argumentos externos que eu te dou só um interno. O problema, o grande e imenso problema que precisamos combater é mudar a nossa mente, mudar o que nós acreditamos que é ou não para nós.
Não é por isso que vou entrar numa dívida para ter o carro dos sonhos. Mas, pelo amor das Deusas, não se contente com o segundo melhor, se não for a sua escolha original. Pense, foque, peça a ajuda da sua mente brilhante para buscar o que realmente te faça feliz. E isso vale para carros, para empregos, para relacionamentos e tudo mais. Second best – nunca mais!