A grande e maravilhosa defesa instintiva do ser humano acabou se transformando em uma arma de paralisação e impotência. O que aconteceu com o medo?
Sabemos que o medo é o primeiro instinto do animal e que é através dele que se tem o alerta para fugir do perigo, da ameaça e da aniquilação.
O homem primitivo tinha o instinto muito apurado pois o habitat em que vivia era ameaçador; por um descuido, um animal ou um evento da natureza poderia destruí-lo, e o medo diante destas situações ativava o combustível – a adrenalina, através de sua ação no corpo, era possível ter uma resposta rápida e imediata de fuga para sua preservação.
Hoje, a sociedade evoluiu muito e parece que os medos que eram tão reais, se tornaram ameaças constantes na vida diária. Enquanto o homem primitivo estava exposto a esses perigos apenas quando saia para caçar ou empreender uma caminhada, nos dias de hoje essas intimidações estão presentes a cada momento da vida e estamos expostos o tempo todo.
Situações que nos causam medo hoje são cotidianas tais como: assaltos, acidentes, desemprego, falta de amor, rompimentos afetivos, aceitação, desconfiança, inveja, enfim, são tantas e muitas as situações que fazem o coração acelerar e a adrenalina viajar pelo corpo.
Pensando nisso, como fica então nosso corpo físico com esse sinal de alerta constante? Como é viver em estado de atenção e prontidão o tempo todo? A resposta é estresse, ansiedade, irritabilidade e quando parece que tudo vai findar, quando vamos finalmente dormir e descansar, como conseguir? Se o próprio sistema aprendeu durante o dia manter-se 24 horas em estado de alerta.
Noites mal dormidas indicam dias não produtivos, menos energia, mais esforço e consequentemente mais ansiedade e estresse. Como parar essa roda de desequilíbrio e desgaste?
Em 1932, um médico inglês Dr. Edward Bach já se preocupava com o bem-estar e a saúde de seus pacientes, e formatou um sistema de cura através das essências de flores, que poderia contribuir para o reequilíbrio físico, energético e emocional das pessoas e para tal colocou como a primeira emoção a ser tratada, o medo; e para isso, descobriu cinco maravilhosas flores que ajudam o homem moderno a resgatar a fé e a confiança na vida.
Preocupado também em oferecer condições de vida mais positivas, Tad James em 1985 criou a Terapia da Linha do Tempo – TLT, uma terapia que limpa as emoções negativas do passado, resignificando eventos e auxiliando as pessoas a retomarem sua caminhada, muitas vezes paralisada por acontecimentos do passado. Não por acaso, a primeira emoção que é liberada e curada neste tipo de terapia é o medo, depois vem outras como a raiva, tristeza, mágoa, mas sempre o medo em primeiro lugar.
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Felizmente hoje como terapeutas temos recursos maravilhosos para oferecer às pessoas no sentido de movimentarem suas bússolas do mundo externo, para voltarem a si mesmas. Com essas ferramentas é possível olhar com carinho para nossos medos e dizer a eles: “Seja bem-vindo, quero cuidar e curar você”, e desta forma se pode responder com paz e certeza a primeira pergunta: Você tem medo de quê? E nesse processo acabar descobrindo a resposta da segunda pergunta: Você tem fome de quê? Com certeza a sua fome é o seu desejo de você mesmo, de ser o administrador de sua vida e de suas emoções.
A maior fome é sempre de AMOR, do seu amor por você mesmo. Dê então o primeiro passo para matar essa fome, tenha o prazer de encontrar sua Paz Interna, pois alguns dizem:
Só há medo, onde não existe amor”.