Estou fazendo mudanças no meu trabalho e na maneira de atender. Depois que me formei como psicóloga, acabei adotando o modelo de atendimento e me apeguei de tal forma que não conseguia mudar. Mas o mundo mudou, eu mudei, e então por que manter um tipo de atendimento que não está mais funcionando nem para mim nem para os outros?
Fui conversar com uma amiga, e ela me disse “Ah! Mas toma cuidado, porque senão você não vai garantir o cliente”. Fiquei com essa frase reverberando na minha cabeça. Concordei com ela na hora, e confesso que essa frase poderia ter saído da minha boca a qualquer momento. Antes. Mas agora ela me incomodou. Me passou uma ideia de querer prender alguém ao meu atendimento, e eu não quero e nunca quis isso. Não sou mais uma psicóloga seguindo as regras, eu transformei o meu atendimento num emaranhado de técnicas que dão bons resultados. As pessoas realmente mudam as suas vidas, e por que eu não estou conseguindo mudar isso?
Depois de muito pensar entendi: crença na escassez. A “maledeta” da crença que encontramos escondida nas nossas mentes pequeninhas ao longo de muitos e muitos anos. Uma crença negativa e destruidora de mudanças e, principalmente, do fluxo da prosperidade.
Se eu preciso “garantir” o cliente, não estou confiando no meu trabalho. Se eu não acreditar que, quando aquele cliente melhorar, ele vai embora, e virão outros, eu não estou acreditando em mim e na minha capacidade. Eu estou presa à ideia de que existem poucas pessoas que vão querer os meus serviços e que, quando essa pessoa chegar, preciso me apegar a ela. Isso só falando no meu trabalho.
Agora, imagine isso em todo o resto da vida. Eu me apego a um relacionamento ruim porque eu acho que não terá nada além daquilo, que ninguém mais vai me querer. Eu me apego a um salário e um emprego ruins porque “Ah! Trabalho tá difícil, né?”. Eu me apego a um lugar do qual eu não gosto porque… e se for pior lá fora? A crença na escassez e na falta está por trás de tudo isso.
Eu brinco que, se todas as mulheres que eu atendo e que têm medo de terminar debaixo do viaduto realmente fossem para lá, não haveria mais viadutos no Brasil sem uma ex-cliente minha. E, graças às deusas, não tem nenhuminha nessa situação. A nossa crença é que os recursos são finitos e que precisamos ralar muito para ter o nosso quinhão. E infelizmente essa é uma crença cultural e social muito forte.
Como nos manter escravos? Contando mentiras. Conhece o porquê de o mito da manga com leite fazer mal? Para que os escravos do engenho não comessem a fruta com o leite e, assim, “gastassem” demais os recursos dos donos de escravos. Como essa crença, muitas foram colocadas.
O dinheiro, por exemplo. Há muitos anos que os governos não têm lastro para a moeda. O lastro era, no começo, uma quantidade em ouro que um banco precisava ter para garantir as moedas em circulação. Quando se entendeu que o dinheiro não é uma coisa, e sim energia, isso caiu por terra. Hoje o dinheiro nem é físico mais, é um cartão, um QR code, está num número na sua conta, e só. Então ele é como uma semente que plantamos – investimento – e que dá frutos. Se eu investir dez reais numa caixa de balas e vender por 20 eu fiz um dinheiro novo, que não existia até aquele momento. Isso é a energia do dinheiro.
Cliente são assim, em qualquer área. Quantas mulheres que você conhece que poderiam se beneficiar dos meus serviços? Que poderiam transformar a vida, melhorar tudo e ainda ser felizes independentemente de idade, casamento, profissão? Pois é, infinitas. Com certeza, mais do que eu poderia atender numa vida. Então por que ficar presa nisso?
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Essa é uma ficha importante e que me fez mudar um monte de coisas com a minha clientela. E que está funcionando superbem e trazendo novas e felizes possibilidades. E prosperidade e abundância, que é o mais importante. Agora vou ao mercado, comprar delícias para lotar a minha geladeira de coisas gostosas e fresquinhas. E trazer flores de corte para o vaso lindo que tenho na sala. E ficar aqui, no fluxo da prosperidade. Sem escassez.