Autoconhecimento

Voltaremos ao normal?

Uma mulher de máscara preta colocando sua mão direita sobre uma janela de vidro.
iamnoonmai / 123rf
Escrito por Andrea Pavlo

Eu estava observando as pessoas na rua um dia desses. Um trânsito caótico, pessoas andando para cima e para baixo, como se o mundo fosse acabar amanhã. Máscaras que já não ficam direito no rosto (nariz e queixo são as favoritas) e uma cara de gente perdida que dá dó.

Igual, igualzinho ao que eu vinha antes de março de 2019.

A questão é: quem aprendeu alguma coisa com a pandemia (que, na realidade, ainda não acabou)? Andamos por aí fingindo sermos normais, mas cansados e exaustos, então parece que só adiamos e pioramos o inevitável. Como assim?

Energeticamente, a pandemia — o vírus em si — veio para trazer uma mudança. Mas é bem fácil voltar ao que nos parecia tão confortável antes. Será que precisamos mesmo de tudo o que achamos que precisamos? Noto uma queda nas consultas terapêuticas semanais. As pessoas faltam por causa de compromissos sociais ou porque se enrolaram no trabalho. Igual a antes. Será que, novamente, vamos deixar nossos selfies pelos egos? E será que isso não vai trazer um novo momento de desconforto no futuro? Sim, com certeza vai.

Pessoas trajadas de máscaras dentro de um ônibus.
zydeaosika / Pexels / Eu Sem Fronteiras

Conheço pessoas que mudaram, sim, tudo isso. Mudaram, inclusive, depois de contrair a doença ou de perder pessoas importantes. Mas a maioria passou mais pelo incômodo de ficar em casa — que, para mim, não foi incômodo nenhum, aliás. E só. Parece que não estamos resgatando a lição que precisamos a duras penas aprender. Que não precisamos de mais coisas, viagens, casas e luxos; precisamos de mais amizades, amor, de cuidar do planeta.

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Falo de um ponto de vista pessimista, eu sei. Mas é mais por um alerta. Relembrem quais foram as situações que fizeram você repensar na pandemia. Você realmente viveu ou só fez um milhão de cursos e quilos de pão que nunca mais vai usar? Aproveite para entender o que mudou dentro de você e resista à tentação de voltar ao velho normal. Pense para dentro, pense nas coisas que realmente importam. Vamos mudar de verdade, de dentro para fora. Agora é mesmo a hora.

Sobre o autor

Andrea Pavlo

Meu nome é Andrea Pavlo. E poder apresentar esse nome assim, parece fácil, mas não foi. Esse nome é fruto de muito autoconhecimento e autoanálise.

Fruto de duas faculdades e mais de mil horas de cursos, mentorias, vivencias e aprendizados. Fruto de muitos risos, muitas dores e muitos resultados. Sou uma espiritualista que aprendeu a servir. Servir ao outro com seus aprendizados. Apoiar mulheres a passarem por suas próprias dores.

Filha de pais narcisistas, passei a vida tentando entender a cabeça deles. Isso me ajudou a me apaixonar pela psicologia e por todas as ciências afins.

Filha de Iansã, devota de Santa Sara e neta da Dona Arlinda, trouxe uma
mediunidade temperada com clarividência, sonhos premonitórios e um dom de ler o inconsciente coletivo e pessoal. Dom que eu uso justamente para servir.

Apaixonada pela beleza da arte, da decoração e da moda, adoro transitar nesses pequenos grandes universos cheios de simbologias. Amante dos ensinamentos de Carl G Jung e seu entendimento do mundo, dos arquétipos milenares do tarot e por todas as formas de mistérios ocultos e especiais que considero o tempero especial da realidade.

Tentando manter os pés sempre no chão, o peso equilibrado e o humor em dia, esses são meus desafios eternos. Desafios que eu encaro com força e muita criatividade, além de uma xícara de café quente e um pão de queijo saindo do forno.

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