Cada cultura, cada percurso histórico determinou pela experiência pessoal e social os processos pelos quais o xamanismo se desenvolveu. As religiões atuais derivam todas elas de conceitos xamânicos mais ou menos alterados e adaptados ao poder instalado. As religiões surgiram da necessidade de fundamentar um poder que não poderia ser apenas militar ou social, mas que necessitava ser espiritual também.
Desse modo o poder torna-se autossustentável. Existem, no entanto, princípios com que se pode reconhecer a autenticidade da origem. No xamanismo, o espiritismo não é o fundamento, mas sim o contexto.
A mediunidade não é o objetivo, mas sim o instrumento de trabalho. Isso porque o xamã não pode ser possuído por um espírito, mas sim complementado por este. Na possessão o xamã não poderia manter a neutralidade ficando sujeito a julgamentos que ultrapassaram a sua compreensão. O xamã é um parceiro de trabalho, não um empregado dos espíritos. Os espíritos também não são empregados do xamã, mas sim seus parceiros. Assim, qualquer trabalho xamânico precisa respeitar este princípio – a parceria no trabalho. Quando essa parceria não existe, torna-se algo que não é xamanismo.
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Assim o trabalho xamânico pode usar diversas ferramentas, incluindo o trabalho mediúnico, mas nunca perdendo a sua característica essencial. Essa essência xamânica está na fé nos ancestrais e num fluir dinâmico com as forças não visíveis, evitando sempre que possível
a possessão ou o descontrole espiritual. Uma viagem xamânica necessita da presença consciente do trabalhador para que todas as informações sejam corretamente interpretadas e direcionadas. Ninguém físico se deve substituir ao saber astral, mas sim ampliar o seu próprio horizonte de eventos. Ahow!