O caminho do terapeuta passa pelo coração. Ele é o guia, o Mestre, ele nos aponta o Norte, a direção a ser seguida, através de uma superferramenta interna que é a intuição.
O encanto que sentimos por determinadas técnicas de cura obedece a um chamado visceral, que vibra em todas as fibras do nosso ser. Não as escolhemos porque as achamos simplesmente interessantes ou muito inteligentes ou porque estão na “moda”, mas porque uma parte nossa se sente poderosa e irresistivelmente atraída por elas.
Pensando bem ou, melhor, falando através do meu Sagrado Ponto de Vista, acho até que é o contrário: as técnicas, as terapias, as curas nos escolhem, porque, na verdade, nós é que precisamos delas, em primeiro lugar e mais — quando o aluno está pronto, o mestre aparece, não é isso?
Nesse sentido, há algum tempo, venho estudando e me aprofundando no Xamanismo, que é uma das mais antigas práticas espirituais e filosóficas da humanidade. Os primeiros registros datam de 40 mil anos atrás, na Sibéria.
O Xamanismo é a possibilidade de relembrarmos da nossa conexão com a natureza, que nos oferece um grande manancial de equilíbrio e cura. Trazemos no nosso DNA registros ancestrais dessa ligação. É entrar em contato com o Sagrado que está dentro de cada um de nós e trazer essa energia para a nossa vida cotidiana.
Através de técnicas de cura nativa, como a Viagem Xamânica, por exemplo, que nos leva ao encontro do nosso Animal de Poder, através das batidas do tambor, viajamos a um outro mundo, onde podemos expandir nossa consciência, entrar em contato com o que temos de mais essencial e forte em nós mesmos e voltar para esse mundo mais ancorados na nossa verdade. Os animais de poder são nossos espelhos, refletindo nossas qualidades e potenciais, ao mesmo tempo em que nos mostram o que precisamos aprender para nos curar em determinado momento. Cada um deles tem uma Medicina que nos orienta e fortalece em nossa jornada por aqui. São guias amorosos e sábios que nos mostram a verdade do nosso coração.
O Xamanismo abre portas para experiências incríveis, possibilitando uma sintonia profunda com o que há de mais forte, mais profundo, mais essencial, mais verdadeiro dentro de nós. Nos mostra a importância de nos mantermos ligados à Terra, à nossa amada Mãe Terra, que nos dá o sustento, o amparo e que, generosamente, oferece sua energia para que possamos caminhar e cumprir nosso propósito, nosso plano de vida. Quando não mais precisarmos estar aqui, fisicamente, acolhe, generosamente, os nossos corpos, nos transformando e permitindo que ainda vivamos através de tudo o que podemos nutrir nessa nova condição.
O Xamanismo é um modo de vida e nos faz entender que estamos sintonizados, sincronizados, ressonantes com tudo o que está ao nosso redor, plantas, animais, minerais e a todos que nos cercam, formando uma grande teia cósmica, em que todos somos um, numa grande unidade perfeita e geradora de energia e força, criada pelo Grande Sagrado — Wakan Tanka —, o Grande Espírito.
E o que dizer do som dos instrumentos de poder, o tambor e o chocalho (maraca)? Quando as batidas do tambor começam, nos sentimos transportados, relembramos que somos parte de tudo e aquelas batidas são as batidas do nosso coração unidas às batidas do coração da Mãe Terra. O chocalho emite uma vibração tão forte que, muito tempo depois, ainda mantemos a sensação de que a nossa energia está expandida ao infinito!
Chamando a atenção de vocês, quantas vezes, nesse texto, vocês leram as palavras “sagrado”, “coração”, “energia”, “força”?
Xamanismo é tudo isso e além!
Poderia falar muito mais, mas deixo que a curiosidade de vocês seja maior (risos).
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O que posso dizer, nesse momento, com toda a minha verdade, é que tenho por esses conhecimentos a mais profunda admiração, respeito, gratidão e me sinto honrada e muito feliz por estar aprendendo e trilhando esse Caminho, o Caminho Sagrado, o Caminho do Coração, que encantou o meu.
Aho!
- Imagens retiradas da internet.
